quarta-feira, 25 de julho de 2012

A tristeza, a cobra e a encruzilhada

Sinto falta de um gato. Se você nunca teve um felino não sabe o que está perdendo. O amor dos gatos é diferente. Não é aquela coisa melosa e babenta que geralmente tem os cachorros. Sinto falta da minha gata que morreu de forma tão cruel e injusta. Sinto falta dela fingir que eu não representava nada para ela, me arranhar e depois ir para meu quarto se deitar pertinho de mim e ronronar. Minha gata é insubistituível , claro, mas eu aceitaria com prazer outro felino em meu coração, se pudesse. Deletei o outro blog porque cansei de ter mais de um blog e quase não postar em nenhum. No momento (aliás,estes dias) a minha vida está estranha ( mais do que o “normal”) como se eu estivesse dentro de um livro de Lewis Carroll. É com se eu entrasse em minha casa e tudo estivesse de “cabeça para baixo”. Como quero analisar e entender o que acontece comigo  e ao meu redor, fico angustiada porque não consegui nem uma coisa nem outra. Talvez esteja tudo errado. Talvez eu tenha que rever meus conceitos. Talvez eu não saiba o que é amor. Será que tenho que deixar simplesmente “a onda me levar”? Parar de analisar, me jogar e seja o que Deus quiser? E como ficam os meus sentimentos no meio disso tudo? Eu os ignoro? Faz de conta que não preciso. É isso mesmo? Vou viver na espera que o pior aconteça...mas e quando (ou se) acontecer? O que faço? De qualquer forma o destino está me colocando diante de situações que não posso controlar. E nem mesmo posso escolher a segunda opção porque estou presa. Ele não tem dormido direito, mas eu não durmo direito há várias noites. Ele está sem celular. Eu estou sem rumo. Parada na encruzilhada com uma sensação tensa de meio e de liberdade. Desta vez eu sonhei com uma cobra diferente. Era uma cobra que não me fazia ter medo. Eu sentia que ela gostava de mim. Ficou deitada na minha testa, totalmente relaxada - ela e eu. Sonho esquisito. Ontem eu chorei até lavar a minha alma. Uma tristeza tão grande se apoderou de mim. Tudo que eu queria era ser abraçada, nada mais, porém não aconteceu. Não sou o tipo chorona, então quando choro é porque está demais para aguentar sem explodir em choro e soluços.  Depois ficou tudo calmo, silencioso. Acho que fiquei apática. "Estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos" Toda vez que tento analisar e decidir, uma barreira se forma na mente. Deletei o segundo perfil no Face porque estou evitando interagir. Lamento apenas por algumas amizades que foram junto, mas sempre posso encontrá-las quando a vontade de interagir voltar. Estou cansada de lidar com o egoísmo dos humanos. Sirvo para “ombro amigo”, para desabafos e conselhos, mas quando o ser carente sou eu, aí um e outro vira pra mim e pergunta “Por que você não está alegre?” Hello? A minha vida não é um comercial da Doriana. Difícil entender que eu não sou um dos meus personagens. Aquela lá não sou eu. Aquela é minha cria. Entenda.

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