quarta-feira, 21 de março de 2012

Uma tarde de quarta

Hoje acordei cedo e já pela manhã fui pagar o EOS  Lemon Drop. Paguei naquela casa lotérica na Amélia Rosa. Então, animada e disposta a enfrentar o mundo (hoho), pensei em conhecer melhor o novo shopping da província. Ele é maior que o antigo Iguatemi e é distante da minha casa. Eu moro perto da praia (não diante da praia, não à duas quadras). Ai tomei um banho bem demorado com tudo que tinha direito, me arrumei, fiz make, me perfumei, peguei a bolsa (velha de guerra) e fui atrás do coletivo. Eram umas "duas da tarde" e eu pensei (oh doce ilusão) que seria uma viagem longa (nós, africanos, moramos numa cidade pequena e gostamos de comodidade), porém tranqüila e ventilada. Pretendia fuçar nas lojas do shopping para achar a câmera fotográfica digital compacta. Talvez a minha estivesse lá, quem sabe! Com este pensamento sentei no lado do sol. Eu tenho uma "sorte" com coletivos, ai ai Olha em que local fui sentar. Até o antigo Iguatemi (o novo nome não colou), tuuuuudooo bem. O sol já estava, como dizem, de lascar, mas o negócio começou a piorar depois. Cada vez que parava entrava mais gente e eu pensei que todos os africanos daquelas bandas resolveram pegar o coletivo em que eu estava. Todos nós, africanos, como sardinhas em uma lata, porém moi estava sentada. Ai a senhora com um aumento visível de peso resolveu que seria uma boa sentar ao meu lado com seu enoooorrrme isopor. Jesus me chicoteia! É sempre assim. Tenho uma sorte danada (só que não). E o calor aumentando. Parecia verão 40 graus. Cadê o vento? Nada. Cadê a chuva, pessoal da meteorologia? Falaram que ia chover! E que demora! Eu pensei: “Que falta faz um espelho numa hora dessas” (perdi o espelho e preciso comprar outro) enquanto tentava não ouvir a música de enterro da britânica Adele (Someone like you ) que tocava na rádio. Coloquei as minhas músicas favoritas no volume máximo. A mulher do isopor tentou puxar conversa e eu respondi em monossílabos porque não, eu não quero conversar com estranhos em coletivos (menos ainda na situação em que estava, "espremida" no  assento). Quero apenas ouvir músicas e imaginar que estou a fazer um tour pelas ruas de Paris. Cheguei aos confins suada, cansada, com sede e com fome (como se tivesse atravessado o deserto). Finalmente ar condicionado! Fui comer na praça de alimentação e em seguida “bater perna”. 

Primeira foto é do clipe musical  "Pack Up" da cantora Eliza Doolittle. Tema do post e da "viagem".
Até agora nenhuma resposta da vendedora. Posto sobre a câmera em outro post.

Um comentário:

  1. Nossa, amor! Que situação! Não gostei, nada, de saber que passou por isso tudo. E eu também odeio os estranhos conversadores de ônibus. Não gosto nunca, sinceramente. Te amo, amor! ♥

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